(...) #01

Não podemos viver para sempre. Nada é para sempre. Nos desgarramos de nossas mães ainda no nascimento após o corte do cordão umbilical. É um aviso, que não viveremos juntos pela eternidade. Ou que um dia teremos de sair pela porta da frente e conquistar nosso próprio mundo.
Eu tenho meu mundo. Vivo num universo particular. Um lugar colorido, solar, praiano e campista, onde pessoas boas, engraçadas, sinceras, irreverentes e irônicas vivem junto comigo. Elas falam o que querem, fazem o que querem e na hora que bem entendem, sem medo de serem felizes.
Aprendi que água e óleo não se misturam, e que as cores precisam de contraste. Não adianta juntar letras de cores turquesa num fundo branco se elas não combinam ou impedem as pessoas de enxergarem aquilo que está escrito. Tampouco se possuem química. Se algo não dá certo, para quê continuar? É assim nas amizades, no amor e na vida. Uma relação quando cai na rotina, ou a rotina que destrói aos poucos, o ser que você é.
O que era bom, passa a ser tóxico. O que achávamos que era ruim, passa a ser essencial.
Habitamos numa era em que as pessoas sentem pânico do desapego e receio de serem o que são por medo da opinião pública, e por isso acabam tornando-se pessoas infelizes consigo mesmas, ao mesmo tempo que criticam outros que têm a facilidade – e a satisfação – de serem verdadeiros.
Pessoas verdadeiras são alvo de críticas negativas, assim como pessoas felizes. Mas como a vida, nada disso é para sempre. Ainda tenho esperança de que um dia todo mal terá fim. Esperança tenho, que viverei no meu universo colorido e solar, assim como outros, aprisionados em suas cadeias, poderão viver livres, correr e gritar que tudo tem fim, mas um fim que nos leva a um excelente recomeço. 

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